ePUBr - Biblioteca Digital Brasileira

Como baixar no ePUBr

Depois de algumas mudanças drásticas, estamos com todos os livros em torrent, e alguns ainda não foram passados para esse novo formato de compartilhamento. Com isso, muitas pessoas estão sem saber como baixar em torrent, talvez por que nunca tenham usado torrent ou porque ainda não tinham usado os links magnéticos. Mas como funciona esses links?

Para funcionar os links magnéticos precisam que você tenha instalado em seu computador algum programa torrent (uTorrent, Vuze, BitComet...). Quando ele estiver aberto, ao clicar no link o download começará automaticamente. Acompanhe o vídeo tutorial:

Ficou alguma dúvida com esse vídeo? Se tiveres mais alguma dúvida, basta escrever-nos e responderemos assim que possível!

Compartilhar Livros Dá Lucro?


Existem muitas discussões sobre a propaganda enganosa e as manobras de “João sem braço”, para explicar ideias e expedientes com um único objetivo: lucrar. Tirar proveito, ainda que seja fundado na crença dos necessitados de fé e reconhecimento da sua “humanidade”.
Uma livraria de usados no Centro de Niterói, um sebo com acolhimento e comercialização de outros  produtos (um vale tudo: vai de TV anos 60, monitor arcaico à vestido vermelho da Pomba Gira dos Infernos), anuncia em jornal de grande tradição, conclamando o compartilhamento de livros, como forma de abrilhantar a cultura e o saber. Até aí, muito bonito, edificante e digno de elogios.

Parece um projeto altruísta de românticos intelectuais. Mas, na verdade, por trás desta “roupagem de bom moço”, que se dispõe a recolher no local, para o bem do saber e da prosperidade da alma humana, está o velho e escamoteável medo, de se assumir como mascate livreiro dos tempos modernos. Muita gente doa livros na resolução de suas culpas de estar impedindo que o saber flua para menos favorecidos. Neste fundamento entra o mascate disfarçado, professa palavras consoladoras e leva os muitos livros incômodos para uma finalidade nobre: dar lucros ao livreiro, que se aproveita da necessidade de resgate emocional de quem se livra de livros conquistados por “pais heróis”, que suaram sangue para educar o filho ingrato que se desfaz da “preciosidade literária”, alimento da alma, mas grande fonte de rendimento do livreiro oportunista.
O dublê de “salva culpas e mascate contorcionista”, manda seu preposto visitar os “ingênuos circuladores de livros” e se não conquista a doação integral, paga uma mixórdia qualquer, sob pretexto de ajudar a limpar o espaço, tirar o encargo de ter aqueles “velhos livros bolorentos”. Tudo vai ter destino e algum tipo de lucro. Este “cata-trecos de literatura” faz até doações.
Retirada de livros da Secretaria de Educação para reciclagem.  Crédito: Carol Garcia / SECOM 

Perguntamos a atendente para quem eram doados os livros. A resposta veio imediatamente: “aqueles livros que não servem para venda, doamos para os catadores de papel”. E perguntamos: e eles vão ler? Concluiu:
“Não... Eles vendem para os depósitos de lixo”. Moral da estória: Quem engana seu próximo intelectualmente, manda a literatura para o lixo e fatura as sobras financeiras que a culpa dos outros produzem. Esse é Mandrake afiado...

Feed torrent do ePUBr

Fazer downloads sempre foi algo que requisitou um certo trabalho, é preciso procurar, ver se ainda está online o arquivo, depois você é redirecionado para outra página repleta de anúncios onde você acaba não achando o link para baixar. Se você tiver sorte, o arquivo estará lá te esperando, caso contrário, prepare-se para continuar a busca por outro site que contenha outro link.

Nos últimos tempos, servidores de hospedagem gratuitas, onde são hospedados grandes partes dos arquivos compartilhados de forma legal ou ilegalmente, estão sendo "caçados" pelo FBI ou algo equivalente, retirando grande parte do material ilegal da Internet. Esta constante ação tem tirado do ar muitos blogs e fóruns que compartilhavam arquivos genéricos ou específicos; alguns para sobreviverem migraram para o torrent. Esse foi o caso do ePUBr.

O torrent abre um leque de possibilidades enormes ao compartilhamento. Velocidade, simplicidade, versatilidade, sem vírus ou spywares... e entre uma das coisas mais legais, que muito raramente é usada, a possibilidade da criação de um feed de torrent! Simplificando, é uma lista de download automático, algo tão conveniente que você se pergunta por que isso não é usado em todo lugar.

O feed torrent funciona da seguinte forma: ao inserir o feed torrent no sei cliente torrent, ele dará duas possibilidades: baixar itens automaticamente ou apenas mostrar os itens. Escolhendo a opção apenas Exibir novos itens, o Paraná irá listar todos os livros dos pontos para baixar, todo dia, como se fosse uma assinatura normal do site dentro do programa torrent. Mas escolhendo a opção de Baixar Automaticamente, cada livro novo que sair no site, você automaticamente começará a fazer download do arquivo! Ou seja, você nem precisa ficar clicando para fazer o download, é tudo automático, você só terá o trabalho de ler o livro depois :-)



Agora destaco a importância de operações optarmos pelo download automático: no torrent, quanto mais pessoas estiverem compartilhando um arquivo, mais rápido baixará. Então, quando sai um novo livro, se todos baixarem, logo teriam várias cópias online, aumentando ainda mais a velocidade para que mais pessoas também possam baixar o quanto antes o livro. Nesse modo, todos estamos de alguns forma já ajudando a compartilhar os arquivos. Lembrando que ninguém precisa ficar compartilhando, é apenas uma atitude que melhora a rede de compartilhamento.

Por enquanto o feed é único, abrigando todos os livros mas em um futuro próximo será dividido por categorias, permitindo assinar apenas as que lhe interessam. Até lá vais aperfeiçoando nosso compartilhamento, divulgando para amigos e conhecidos, pois quando mais pessoas baixarem, melhor fica!

Criando um Livro


As principais funções na indústria editorial


O livro impresso é um produto resultante de um processo colaborativo. A tarefa do designer pode variar de um livro a outro, mas sempre envolverá o trabalho em equipe. O conhecimento básico das funções dentro da indústria editorial fornecerá ao designer seu contexto de trabalho.

Autor
Trata-se da pessoa que elabora de forma inédita uma obra literária e a apresenta finalizada a um agente literário ou diretamente à uma casa editorial. Um autor que já teve textos publicados pode consultar seu editor sobre possíveis temas que poderiam ser explorados, direcionando assim seu trabalho intelectual. Uma forma de sondar a aceitação de autores já publicados ou não, pelo público, é criar uma sinopse do que se pretende publicar, que será então discutida pelos agentes literários e/ ou editores. Se a resposta for positiva, o editor pode oferecer um contrato de edição ao autor que então começa a escrever o texto na íntegra. Não é costumeira a participação do designer nessa etapa.
Stephen King


Agentes Literários e Bancos de Imagem
Os agentes representam o trabalho de seus clientes junto aos potenciais tomadores. Os agentes literários geralmente se especializam em determinados gêneros de livros, por exemplo, livros históricos, biografias, ficção, ciências etc. A função do agente literário é a de representar o autor é administrar seus interesses relativos aos direitos de uma determinada obra literária junto ao mercado editorial. Por esse serviço, o agente recebe a título de remuneração um percentual sobre as parcelas dos direitos
autorais. Para um autor esse tipo de serviço é geralmente inestimável, uma vez que um bom agente tem relação profissional com várias editoras. Os bancos de imagem trabalham de maneira similar em relação à representação dos interesses de ilustradores e fotógrafos junto aos editores que necessitam de trabalho especializado para desenvolverem determinados projetos.

Editor
E o responsável pela publicação de uma obra literária, assumindo todos os custos inerentes ao processo. Tanto pode ser uma pessoa fisica (editor) como uma pessoa jurídica (editora). O termo em inglês para identifi car essa função é publisher.
Portanto, o editor assume todos os custos de produção, como a tradução, as imagens e ilustrações, a produção editorial, os eventuais terceiros contratados, o papel e o custo gráfico, além dos custos de distribuição e o pagamento de direitos autorais
a quem couber.
O editor pode ter uma relação direta com o autor ou indireta, por intermédio de um agente literário, sempre firmando um contrato de cessão de direitos - é a forma mais usual - ou pode fazer acordos com editores internacionais para a produção de coedições. Nesse caso, o editor compra uma tiragem do título que vai ser produzido nessa situação e paga por ela, ficando a responsabilidade do pagamento dos direitos autorais com o editor internacional.
A relação entre autor e editor deve se.mpre ser de parceria, pois um não sobrevive sem o outro, portanto, ao se elaborar um contrato entre as partes, deve-se ter a preocupação do equilíbrio de benefícios entre elas. A remuneração do autor costuma ser um percentual aplicado sobre o preço de capa dos livros efetivamente vendidos algo entre 8% e 10%. Há casos em que o editor
estabelece uma remuneração para o autor durante o período em que ele está escrevendo o texto, e após a publicação também paga um percentual sobre os lucros da venda, deduzidos os custos da produção.
Há casos em que o editor remunera o autor por meio de um valor fixo, prática que não é bem vista pelos editores. Dentro das responsabilidades do editor estão as atividades de marketing e elaboração do catálogo geral das p ublicações onde serão apresentadas a linha editorial ou linhas editoriais. Em algumas situações o editor prepara um catálogo para cada uma delas. A elaboração cuidadosa de um catálogo geral ou segmentado é fundamental para a formação da imagem do editor junto aos distribuidores, às livrarias, à mídia em geral e em especial aos leitores. Nesse aspecto a função do designer assume grande importância. Os pequenos editores, por sua vez, têm-se ocupado em publicar para nichos específicos ou ter apenas uma linha editorial.
E comum a criação de "selos" dentro de uma grande editora, a fim de identificar as linhas editoriais ou, então, em vez de criarem novos "selos", esses editores acabam comprando pequenas editoras, transforn1ando sua razão social em "selo".

Escritórios de Produção Editorial
Atualmente há uma tendência de contratação de serviços externos para a produção editorial de determinados projetos por parte de algumas editoras. Os escritórios de produção editorial atuam nesse segmento de prestação de serviços, assumindo, sob remuneração das editoras contratantes, determinados projetos editoriais. A participação de designers na direção desses escritórios é usual.

Editor de Aquisições
O editor de aquisições é responsável pela seleção dos livros a serem p roduzidos a cada temporada. Esse processo de seleção é frequentemente realizado em conjunto com o editor-chefe e o conselho editorial Essa é uma função de importância vital para o sucesso de uma editora; um editor de aquisições que rejeita um possível bestseller pode estar também abdicando de uma receita imensa. O papel do editor de aquisições é conversar com potenciais autores, estimular ideias e estabelecer uma rede de escritores, designers, ilustradores e fotógrafos. O editor de aquisições precisa ter faro aguçado e olho clínico para rastrear os novos interesses dos leitores, assim como também observar cuidadosamente os catálogos dos concorrentes. Além disso, ele tem responsabilidades gerenciais, que incluem o estabelecimento de cronogramas e datas de lançamento, além de supervisionar equipes de editores que trabalham em títulos individuais. O designer de livros trabalha muito próximo ao editor de aquisições.

Editor de Textos
O editor trata com o autor de como será formatado o conteúdo do texto de sua obra, tanto oferecendo estímulo quanto críticas objetivas, que são normalmente assimiladas pelo autor. Os editores podem trabalhar como freelancers ou como contratados e com frequência desenvolvem vários títulos simultaneamente. Grande parte de seu tempo é gasta na leitura e na correção de textos; os editores identifican1 trechos que lhes parecem pouco claros e levantam questões a serem consideradas pelo autor. Um bom editor tende a sugerir meios para a reestruturação de um texto, por exemplo, sistematizando os capítulos de modo mais lógico.
Após avaliar, questionar, estruturar e corrigir os originais do autor, o editor encaminha o texto para as etapas de produção editorial, que já pode contar com a participação de um designer. O editor deve possuir excelentes habilidades de escrita, ter familiaridade com as convenções tipográficas e as regras gramaticais e ser capaz de oferecer orientações objetivas ao autor, assim como também possuir a habilidade de administrar cronogramas e algumas vezes contratar serviços de terceiros. A tecnologia digital permite a interação do editor com as diversas etapas da produção editorial inclusive com o designer. As mudanças nas provas agora podem ser feitas diretamente no layout final, imediatamente antes de o livro ser encaminhado para o processo industrial.
O editor sênior, normalmente responsável por muitos títulos, pode contar com a ajuda de editores assistentes, que geralmente são responsáveis pela revisão das provas. Os editores de texto concentram sua atenção na parte do processo ligada ao texto, sem acumularem quaisquer responsabilidades pelos aspectos administrativos ou gerenciais.

Revisor de Provas
O riginalmente, a leitura das provas, como o nome sugere, era a leitura e a verificação das provas finais. Atualmente, o termo pode ser usado para descrever a correção do texto em qualquer estágio do processo de edição. Os revisores esmiúçarn o original,
geralmente após este ter sido editado, procurando por erros conceituais, gramaticais e ortográficos. Os revisores especializados eram tradicionalmente responsáveis pela aprovação da cópia corrigida de todo livro produzido por uma editora antes de sua impressão final; atualmente essa tarefa é realizada pelo editor de texto.

Consultor Técnico
O consultor que oferece conhecimentos especializados é frequentemente contratado pelas editoras para o desenvolvimento de determinados projetos editoriais. Uma editora que planeja lançar uma série sobre jardinagem pode contratar um autor especializado e também contar com a assistência de um consultor que possua conhecimentos específicos sobre determinado tema que se queira abordar, seja cultivo de rosas ou de vegetais, por exemplo. Os consultores contribuem com ideias e leem as sinopses e os esboços preliminares para opinarem sobre a pertinência das informações contidas no original e quais ideias deveriam ser incorporadas a ele, podendo também participar das etapas de revisão ao longo do processo editorial.

Revisor Técnico
E o profissional que possui conhecimento especializado sobre o tema de uma determinada obra, porém, ao contrário do consultor, não trabalha diretamente com o autor na criação do texto. Ele é contratado como freelance pela editora para fazer uma leitura crítica, comentando sobre a exatidão e a qualidade do texto, identificando omissões e avaliando sua adequação ao público-alvo. Suas observações são levadas ao editor, ao autor e ao designer que depois de a avaliarem providenciam emendas
ao texto original.

Diretor de Arte
E um título que se refere a um cargo específico dentro da editora, podendo ser um designer que trabalha junto com ilustradores e/ou fotógrafos. O diretor de arte geralmente possui experiência em design, uma vez que é o responsável pelo visual de toda a produção da editora. O visual, os conceitos de produção e os títulos editados combinam-se entre si para formar a imagem que a caracterizará junto a seu público. As editoras mais modernas consideram a identidade visual de seus livros algo extremamente importante. O diretor de arte irá estabelecer as orientações - convenções tipográficas, capas, formatos, uso de logotipos e assim por diante para as publicações da editora.

Designer
O designer é responsável pelo projeto da natureza fisica do livro, seu visual e sua forma de apresentação, além de cuidar do posicionamento de todos os elementos na página. Em conjunto com o editor, o designer seleciona o formato do livro e decide como será o seu acabamento. Os designers planejam grades, selecionam a tipografia e o estilo do layout da página. Eles também trabalham com os pesquisadores de fotos, ilustradores e fotógrafos fazendo a direção de arte e preparando imagens. O designer
recebe um briefing do editor e encaminha a arte-final, geralmente em formato digital, para um gerente de produção ou diretamente para uma gráfica. O designer e o editor trabalham juntos na supervisão do processo de prova. Nos dias atuais, muitos livros de não ficç~ão têm orientação visual, sendo hequenternente os designers os idealizadores de livros ou de coleções para as editoras.

Pesquisador de Imagens
Os livros ilustrados exibem imagens de muitas fontes diferentes e o pesquisador de imagens é o responsável por localizá-las e, geralmente, obter permissão dos detentores dos direitos autorais para que possam ser reproduzidas em um livro. Os pesquisadores normalmente recorrem aos bancos de imagem, além de arquivos de museus e coleções privadas. E comum a contratação de fotógrafos profissionais freelance para a produção de determinadas imagens para projetos editoriais específicos.
Banco de imagens ShutterStock

Gerente de Licenciamento
Tem como função tratar do licenciamento junto a terceiros detentores de direitos autorais ou aos agentes que os representem para uso de trechos de texto e/ou imagens que a editora pretenda incluir em suas futuras publicações. O custo desse licenciamento pode variar de acordo com o uso que a editora pretende fazer do material licenciado. Por exemplo, a cessão de direitos de uma determinada imagem ou parte de um texto terá um determinado custo se o licenciamento for para uso específico em publicação em língua portuguesa. Esse custo poderá ser maior se o licenciamento se der para publicação em qualquer idioma, porém, nesses casos, é comum a editora adquirente dos direitos ficar liberada para comercializar a obra a ser publicada em qualquer parte do mundo.
Outras situações podem determinar o custo de licenciamento, por exemplo: o tamanho da reprodução de uma imagem (se em página dupla, página inteira etc.); o tipo de uso (se só editorial ou editorial e comercial) e a quantidade de reproduções. Cabe também ao gerente de licenciarnento a administração de direitos sobre textos e imagens publicados em títulos existentes no catálogo da editora para a qual trabalha, pois também os direitos autorais devem ser pagos a quem de direito em caso de uso em futuras publicações da editora, mesmo que a imagem ou o texto já tenham sido utilizados em outras publicações dela própria.

Ilustradores, Fotógrafos, Cartógrafos
Os especialistas responsáveis pela criação das imagens usadas nos livros geralmente trabalham como freelancers e são contratados para um determinado projeto. Eles podem receber um valor fixo pelo trabalho desenvolvido ou, em casos onde a publicação tenha uma predominância visual, existe a opção de um pagamento fixo mais pagamento de um percentual de direitos de reprodução, que oferece um potencial de ganhos adicional para o detentor dos direitos autorais. Em alguns livros, as imagens são os elementos mais importantes e seu criador é responsável pelo projeto visual,juntamente com o autor do texto, o editor e o designer, que nessa situação trabalham em sintonia. Muitos livros ilustrados para crianças são feitos da seguinte forma: o ilustrador fica responsável pela criação do personagem da história que foi desenvolvida pelo autor. Em algmnas situações o próprio designer pode criar as ilustrações necessárias ou fazer a direção de arte do trabalho de um fotógrafo contratado para esse fim.

Gerente de Direitos Autorais
O gerente de direitos autorais da editora é responsável pela administração dos contratos de cessão de direitos autorais com seus diversos detentores - autores, ilustradores, fotógrafos, entre outros. Ele também controla a forma pela qual o material de propriedade da editora é reproduzido em diferentes mercados, tais como edições internacionais. Geralmente tem experiência em administração ou direito e busca tanto proteger os direitos autorais da editora quanto maximizar o potencial de mercado para seu catálogo de livros. Esse profissional trabalha muito próximo ao editor e ao departamento de marketing para identificar coeditores que possam imprimir e distribuir livros em outros países ou em canais de distribuição especializados.

Gerente de Marketing
O gerente de marketing trabalha junto ao gerente de direitos autorais e é responsável por promover e vender direitos para outras editoras e os livros editados para os varejistas ao mesmo tempo em que supervisiona a distribuição. As atribuições do gerente de marketing incluem o desenvolvimento de estratégias adequadas para a colocação de séries específicas ou do catálogo de livros da editora no mercado. É também responsável pela instrução/orientação dos representantes de vendas e pela promoção das vendas nas diversas feiras especializadas. São nesses eventos que o editores se encontram, a fim de fecharem acordos para a venda de livros em mercados internacionais. A maior feira de livros do mundo acontece anualmente em Frankfurt, Alemanha, sempre no mês de outubro (www.buchmesse.de).

Gerente de Produção Editorial
O gerente de produção editorial atua junto ao designer supervisionando a produção dos livros, também é responsável por administrar a qualidade e os custos das obras em andamento. Para isso, ele precisa ter uma boa rede de fornecedores, a fim de estabelecer os custos de cada livro e organizar os cronogramas de produção e entrega.

Impressor
No Brasil geralmente quem imprime é uma gráfica especializada em impressão e acabamento de livros. No exterior é comum a especialização, ou seja, há empresas que só imprimem e outras que se dedicam apenas ao acabamento final. Após o término da produção editorial, na própria editora ou em um escritório de produção editorial contratado, ou ainda em um estúdio de design, o material é remetido para uma gráfica, em forma de arquivo digital para a gravação direta das matrizes de impressão (CTP) ou para dar saída de filmes, dando inicio à produção industrial do livro. No exterior é muito comum as editoras se utilizarem de gráficas situadas em outros países, principalmente as situadas na Asia, em virtude dos preços mais baixos.

Empresas de Acabamento Gráfico
Os profissionais de acabamento são responsáveis por quaisquer atividades do processo de produção após a impressão, incluindo colagem ou encadernação. Eles geralmente contam com equipamentos especializados para a execução de processos como picotagem, impressão em relevo, douração, corte e vinco e dobra. Há empresas especializadas em trabalhos artesanais que somente podem ser efetuados à mão.
Por exemplo, a maioria dos livros pop-up exige trabalho manual, uma vez que o vinco, a dobra e a colagem de elementos individuais nas páginas impressas é uma empreitada muito complexa e impossível de ser executada por máquinas.

Encadernadora
Empresa muito comum no exterior, pela característica do parque gráfico ao qual já nos referimos, é especializada no processo de encadernação, ou seja, acoplar o miolo do livro à capa brochura, flexível ou capa dura.
No exterior ela proporciona aos designers, gerentes de produção e aos outros profissionais gráficos urn conhecimento específico sobre as qualidades do papel, aconselhando-os sobre sua resistência ou técnicas de encarte mais adequadas, para livros de formatos especiais ou com grande volume de páginas. E comum nesse ambiente o encadernador fornecer às editoras um boneco (protótipo do livro com o mesmo número de páginas que terá a edição e no mesmo papel em que ela será impressa) como modelo, de preferência antes do término da produção editorial.
No Brasil esse tipo de atendimento é feito, via de regra, pelas gráficas especializadas em livro, embora comecem a surgir empresas especializadas em acabamento, desvinculadas da atividade de impressão.

Gerente de Distribuição
É o responsável pelo controle do estoque e pela reposicão de livros para os distribuidores e livrarias. Esse é um processo que apresenta muitos problemas logísticos, já que frequentemente se faz necessário encontrar o equilíbrio entre a necessidade de se transportar pequenas quantidades de livros para lugares distantes - o que é caro e ineficiente - e a opção de se fazer a distribuição em períodos concentrados, o que é mais econômico, mas pode levar a uma falta de livros nos pontos de venda.

Divulgadores
As grandes editoras empregam equipes de divulgadores para efetuar contatos com os distribuidores, grandes redes de livrarias e canais de distribuição especializados. As pequenas editoras frequentemente terceirizam esse trabalho. Um divulgador eficiente deve manter uma boa relação com os distribuidores, passando a conhecer seus hábitos de compra e gostos. Muitos trabalham por comissão e, portanto, seus rendimentos são diretamente proporcionais ao volume de vendas.

Varejista
O número de canais pelos quais os livros são vendidos se amplia continuamente. A quantidade de livreiros independentes, que possuem uma única livraria, diminuiu durante muitos anos pela impossibilidade de concorrer com os enormes descontos oferecidos pelas grandes redes de livrarias ou com as bancas de jornais, com estoques limitados a bestsellers. Atualmente, na medida em que o mercado de livros se fragmenta e as editoras desenvolvem catálogos específicos, os varejistas independentes, com interesses peculiares, conseguem obter títulos e formar estoques específicos para seu público.
O incremento de mercados especializados também apresentou oportunidades para o crescimento do marketing por mala direta. No exterior os clubes de livros oferecem a seus membros preços reduzidos caso estes concordem em comprar anualmente um determinado número de títulos disponíveis em catálogo. Os clubes especializados em livros voltados para o público infantil ou para temas como culinária, jardinagem, turismo, arte, história etc, vendem milhões de exemplares para leitores que nunca entraram em uma livraria. Estima-se que 20% de todo o mercado de livros norte-americano opera por meio dos clubes de livros. Outro mercado em expansão é a internet, onde a Amazon Books, especializada na venda on-line é o varejo mais bem-sucedido desse nicho. No Brasil também ternos alguns casos de sucesso.

O que é um livro?

O que é um livro?
O livro é a forma mais antiga de documentação; ele registra o conhecimento, as ideias e as crenças dos povos e sua história está intimamente ligada à história da humanidade. Nesta primeira parte iremos examinar brevemente suas origens; considerar definições do que seja um livro; analisar como ele é criado e identificar as várias funções dentro da indústria editorial; esclarecer alguns dos termos usados para descrever os componentes físicos de um livro; e, por fim, discutir as várias maneiras de fazer design de livros.

Passado, presente e futuro
Os livros têm uma longa história que se desdobra há mais de quatro mil anos; iremos apresentar um breve vislumbre de suas origens remotas. Vamos examinar os termos relacionados ao livro, isso nos dará, além de uma perspectiva histórica, uma compreensão mais profunda sobre ele próprio.

As origens do Livro
A palavra "book" deriva-se de uma velha palavra inglesa bok oriunda de "beech tree" (faia, tipo de árvore). Em português a palavra livro deriva-se do latim líber. Os saxões e os germânicos usavam as tábuas de faia para escrever, sendo a definição literal de um livro "tábua para escrita". O termo códex, usado para se referir aos livros ancestrais, como, por exemplo, os manuscritos bíblicos, tem origens similares. O termo códex , é a versão em latim para "tronco de árvore", de onde se tiravam as tábuas que serviram como superfície de escrita. Quando nos referimos às folhas de um livro, estas nos remetem ao material orgânico da superfície de escrita usada pelos antigos estudiosos egípcios - as largas folhas planas das palmeiras egípcias eram usadas para esse fim. Mais tarde, com o advento do papiro, seus talos foram triturados, entrelaçados e secos, formando uma superfície adequada à escrita, portanto, apta a receber tinta.
Podemos dizer que os primeiros designers de livros foram os escribas egípcios, que redigiam seus textos em colunas e já faziam uso de ilustrações. A escrita egípcia não era apresentada na forma de livro como o conhecemos, mas em rolos - as folhas de papiro eram coladas umas às outras e enroladas em forma de cilindro que chegava a medir até 20m de comprimento. O papiro continuou sendo usado em todo o mundo antigo como o principal suporte de escrita, embora amostras de escritas egípcias, gregas e romanas também tenham sido encontradas ern couro e peles secas de animais. Foi provavelmente Eumênio II, rei de Pérgamo (197-158 a.C.) , na Ásia Menor, quem primeiro pesquisou o uso de peles de animais como uma alternativa ao papiro, que teve sua exportação proibida por Ptolomeu Epifânio, de Alexandria. Os sábios do reino de Pérgamo produziram uma pele de animal (carneiro) com dois lados, que após ser esticada em um caixilho, era secada, branqueada com giz e, então, polida e alisada com pedra-pomes. Daí a origem do pergaminho, de membrana pergamena, pergamenum.
Johannes Gutenberg produziu a primeira edição impressa da Bíblia em 1455. A Bíblia se transformou no trabalho mais publicado da história, disseminando através da Europa e por todo o mundo as crenças sobre as quais se basearam as culturas judaica e cristã. 
As origens do códice de pergaminho encadernado podem estar ligadas às antigas práticas gregas e romanas de conectar, ao longo de uma das margens, blocos de madeira cobertos por cera. As propriedades materiais do pergarninho propiciaram o desenvolvimento do códex. O pergaminho era feito em tamanho maior que o frágil papiro e aceitava ser dobrado sem se danificar. O códex propiciou o fim da tradição do rolo de papiro; a partir dele as folhas podiam ser ligadas borda com borda, dobradas e depois empilhadas e atadas ao longo de uma das margens. A dobra das grandes folhas de pergaminho ao meio criou dois fólios (do latim foliu termo usado atualmente para se referir ao número das páginas de uma publicação); quando se continuou a dobrar a folha ao meio, foram criadas quatro páginas, conhecidas como in-quarto ou 4to; dobrando-as novamente ao meio foram criadas oito páginas in-oitavo ou 8vo. Todos esses termos são usados atualmente para descrever tamanhos de papel derivados de folhas dobradas. Os escribas gregos e romanos seguiram o princípio do papiro egípcio para o códex, ao escreverem as páginas em colunas. A palavra página, usada para denominar o lado de uma folha, advém do latim pagina, que significa "algo atado", refletindo suas origens na encadernação e não no acabamento em forma de rolos, próprio do papiro.
O escriba real egípcio Hunefer escreveu o Livro dos Mortos por volta de 1300 a. C., quando trabalhava a serviço de Seti, faraó do Egito. O texto foi composto em colunas estreitas divididas por fios. A imagem dos frisos permeia as colunas e é aumentada para ilustrar as cenas mais importantes.
O papel, palavra derivada de papyrus ern latim ou pápyros do grego, foi desenvolvido na China por volta de 200 a.C., embora a história oficial chinesa afirme que o papel foi desenvolvido pelo eunuco Tsai Louen, diretor das oficinas imperi ais, em 104 d.C. Os primeiros papéis chineses foram confeccionados com a casca da amoreira ou com o bambu cuja polpa esmagada era transformada em fibras, espalhada sobre um tecido e deixada assim para secar. Por volta de 751 d.C., a produção de papel havia se espalhado pelo mundo islâmico e, por volta do ano 1 000, ele já era produzido em Bagdá. Os mouros levaram seu conhecimento sobre a confecção de papel para a Espanha, e o primeiro moinho de papel da Europa foi fundado em Capellades, na Catalunha, em 1238.
Johannes Gutenberg, nascido em Mogúncia, cidade da Alemanha, produziu o primeiro livro europeu impresso usando tipos móveis no ano de 1453. A Bíblia de Gutenberg (bíblia de 42 linhas), impressa em latim, foi fruto de tecnologias diversas. Ele conhecia o trabalho em metal e tinha familiaridade com as prensas usadas para esmagar uvas no processo de fabricação do vinho. Possuía e lia os códex encadernados e sabia da existência do papel. O status não oficial de Gutenberg como "o pai da impressão", deriva de uma visão um tanto enganosa e eurocêntrica da história. Os tipos móveis fundidos em molde de areia já tinham sido usados na Coréia em 1241; um livro coreano datado de 1377 exibe a informação de ter sido impresso por tipos móveis. Os chineses usavam a impressão em blocos de madeira desde o século VII para produzir cartas de baralho e cédulas de dinheiro, que estavam em circulação desde 960 d. C Enquanto em 868 d. C., um. cânone do budismo Theravada, o livro Trípitaka, foi impresso em papel na China, envolvendo o corte de 130 mil blocos de madeira para impressão xilográfica (tipografia xilográfica).
Apesar das discussões acadêmicas sobre a data exata da invenção da impressão, o impacto do livro impresso sobre o desenvolvimento da Europa Ocidental é menos contestável. Desde os tempos dos romanos, o alfabeto ocidental de 22 letras era usado na escrita manual e cada letra, palavra ou sentença de um livro manuscrito era criada individualmente: um artesão, um artefato. O tipo móvel e seu descendente, o livro impresso, permitiram que uma única pessoa, após compor um texto, pudesse reproduzi-lo. Os primeiros tipógrafos eram responsáveis pela composição e criação do layout das páginas, além de cuidaren1 da reprodução do texto. O livro impresso industrializou a produção da linguagem. O método de impressão é mais rápido que a cópia caligráfica e, como consequência, os textos se tornaram economicamente acessíveis e bastante disponíveis.

A busca por uma definição: o que é um livro?
Estabelecida as origens das palavras "livro" e "códex" e alguns dos termos correlatos, parece sensato pensar que uma definição clara do que vem a ser um livro seria de grande ajuda. O Concise Oxford Dictionary apresenta duas possibilidades:


  1. "Tratado portátil manuscrito ou impresso que preenche uma série de folhas encadernadas, vinculadas umas às outras"; 
  2. "Composição literária que preencha um conjunto de folhas". 

O Dicionário Houaíss por sua vez define assim: "coleção de folhas de papel, impressas ou não, cortadas, dobradas e reunidas em cadernos cujos dorsos são unidos por meio de cola, costura etc. , formando um volume que se recobre com capa resistente".

Essas simples definições identificam duas importantes características: a descrição fisica de um conjunto portátil de folhas impressas encadernadas e uma referência à escrita e à literatura. A Encyclopaedia Britannica oferece por sua vez nas duas definições:

  1. " ... uma mensagem escrita (ou impressa) de tamanho considerável, destinada à circulação pública e registrada em materiais leves, porém duráveis o bastante para oferecerem uma relativa portabilidade";
  2. "Instrumento de comunicação".

Essas definições introduzem as ideias de público leitor e comunicacão. Na Encyclopedia of the Book (1996), Geoffrey Ashall Glaister fornece dados a respeito do custo e extensão do livro:
- "Para propósitos estatísticos, o mercado editorial britânico já considerou que um livro era uma publicação que custava seis pences ou mais".
Outros países definem um livro como um volume com um número mínimo de palavras; uma conferência da UNESCO em 1950 definiu un1 livro como:
- "uma publicação literária não periódica contendo mais de 48 páginas, sem contar as capas".
Essas definições nascerarn claramente de preocupações legais e regulamentações tributárias. Enquanto as descrições físicas de folhas e ligaduras são precisas, nenhuma das definições acima parece capturar a influência ou o poder de um livro. Talvez possamos estimular uma discussão mais ampla, se eu apresentar uma definição de minha autoria:
Livro: um suporte portátil que consiste de uma série de páginas impressas e encadernadas que preserva, anuncia, expõe e transmite conhecimento ao público, ao longo do tempo e do espaço.

A indústria editorial: o valor comercial do livro
O mercado editorial atualmente é um negócio que envolve grandes cifras. A maior editora do mundo em 1999 era a Bertelsmann AG, um grupo editorial com sede na Alemanha, que obteve um lucro de cerca de 27 bilhões de marcos (mais de 14 bilhões de dólares) - valor maior que o total da economia de muitos países. O número de livros impressos no mundo aumenta a cada ano, embora o volume exato seja de dificil apuração,já que muitas publicações não usam o número padrão internacional de livro, ISBN - método utilizado para a codificação e monitoramento de livros. Não se sabe quantos livros foram impressos desde 1455, nem mesmo a quantidade de livros existentes nas bibliotecas pelo mundo afora, uma vez que muitos permanecem não catalogados.
A Grande Biblioteca de Alexandria fundada no século Ill a.C. pelo rei egípcio Ptolomeu Soter e destruída por um incêndio em 640 d.C., tinha algo entre 428 mil e 700 mil pergaminhos e foi a mais extensa biblioteca do mundo antigo. Atualmente, o catálogo da Library of Congress, a biblioteca nacional dos Estados Unidos, exibe 119 milhões de itens em 460 línguas; enquanto a British Library, a biblioteca nacional da Grã-Bretanha, declara possuir 150 milhões de itens nas "línguas mais conhecidas". A taxa de aquisição da British Library é de 3 milhões de itens por ano. Ela guarda uma cópia de todos os títulos publicados em inglês e abriga imensas coleções
internacionais. No Brasil a Fundação Biblioteca Nacional tem o mesmo procedimento, regulamentado pela Lei do Depósito Legal no 10.994 de 14 de dezernbro de 2004*. A maior livraria do mundo é a Barnes and Noble, situada no número 105 da Quinta Avenida, em Nova York, e contém 207 mil metros de estantes repletas de todo tipo de publicação.

A nova tecnologia: o futuro do livro
A simples amplitude do conhecimento preservado nas bibliotecas somada ao número de publicações produzidas anualmente irnpossibilita-nos imaginar um mundo sem livros. Sua influência e efeitos são incomensuráveis; no ano 2000, Gutenberg foi eleito o indivíduo mais significativo do último milênio pelos leitores do jornal britânico The Times. O tipo móvel que inventou possibilitou a produção dos livros impressos e criou a primeira forma de mídia de massa. Ao final do século XIX e início do XX, uma nova forma de núdia chegou com o desenvolvimento de sistemas de comunicação baseados em áudio : o telefone, o rádio e os dispositivos de gravação de som. Mais tarde, o cinema e a televisão somaram o som à imagem em movimento. Contudo, o livro impresso, juntamente com seus rebentos - os jornais, os periódicos de toda sorte e as revistas - permaneceram como a principal forma escrita de comunicação de massa.
Com a invenção da tecnologia digital e a criação da internet, se previu o fim da impressão e a morte do livro foi proclamada como iminente. Embora a tecnologia digital tenha revolucionado a escrita, o design, a produção e a venda de livros, até a presente data a World Wide Web não foi capaz de substituí-lo. Os aficionados otimistas são encorajados pelo aumento anual nas vendas de livros, apesar do advento internet e sua consequente disponibilização de textos. Por outro lado, os pessimistas citam o gradual declínio na venda de jornais, uma situação que segundo seus prognósticos também ocorrerá na área dos livros. Entretanto, isso é contrariado pelo aumento do número de títulos e vendas gerais de revistas e periódicos especializados. O mercado da informação parece estar em eterna expansão, e a nova tecnologia de leitura na internet está ampliando - no lugar de substituir - o consumo de seu primo mais velho, o livro. Ler na tela do computador continua a ser menos prazeroso que ler uma página em papel. Todavia, conforme a tecnologia vai aprimorando a leitura na tela e os novos provedores passam a oferecer a possibilidade de baixar livros, pode ser que o modelo MP3 de distribuição de música, que tem se mostrado tão bem-sucedido, venha a ser, no futuro, uma alternativa para o livro tradicional.

O poder da palavra impressa: a influência dos livros
O livro impresso tem sido um dos meios mais poderosos para a disseminação de ideias e mudou o curso do desenvolvimento intelectual, cultural e econômico da humanidade. Pode-se ter uma medida dessa influência apenas considerando-se alguns deles: a Bíblia, o Corâo, o Manifesto Comunista, Quotatíons from Chairman Mao Zedong (o famoso Pequeno livro vermelho de Mao Tsé-Tung) e o Mein Kampf (Minha luta) de Hitler.
Os pensamentos do líder chinês Mao (Zedong) Tsé-Tung foram compilados em seu famoso Pequeno livro vermelho (Quotations from Chairman Mao Zedong). Essa coleção de pensamentos inspiradores, orientação moral e preceitos ditatoriais foi distribuída, através da China, para todos os trabalhadores, independentemente de seu nível de alfabetização. Mao buscou dar à imensa população rural uma noção de orgulho nacional e procurou disseminar as ideias de posse coletiva, apresentando uma alternativa radical ao capitalismo.
Ainda que seja impossível quantificar a influência coletiva desses livros na vida de milhões de pessoas ao longo da história, fica claro que estabeleceram muitas das bases religiosas e políticas de grande parte do mundo moderno. Uma lista similar poderia ser elaborada com os títulos gue serviram de apoio aos fundamentos da Medicina, Ciência, Psicologia, Literatura, Teatro e assim por diante - de fato, pode-se fazer o mesmo para todas as disciplinas intelectuais. Tais livros são conhecidos globalmente, suas ideias e seus autores podem ter sido tanto reverenciados quanto denegridos, entretanto, sem o trabalho de profissionais que sempre são esquecidos - o designer e o impressor de livros - a influência das ideias contidas nessas obras teria sido transitória.

Como são feitas as ilustrações dos livros de medicina

Quem já pegou um livro de medicina, seja ele em formato físico ou digital, deve saber que as imagens são partes essenciais para a elucidação do que se está lendo. Podemos citar alguns livros muito procurados de medicina como Netter Medicina InternaRobbins Patologia BásicaMicrobiologia Médica, que fazem muito bem o uso deste importante recurso. Aqui temos a oportunidade de ver como nascem essas imagens, desde sua concepção até seu tratamento digital final.



Interessante notar a atenção dada aos detalhes, por menores que sejam, como a sombra das artérias sobre o órgão, dobras, veias e até texturas. Realmente é um trabalho impressionante em cada imagem.